quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

Cultura e Coisa e Tal Clube

janeiro 18, 2018 Por Handson 3 comentários
Pessoais, há cerca de 5 anos que eu era cobrado (inclusive por mim mesmo) para fazer um evento com este perfil... cultural, mensal, aqui em Afogados. Aí chegou a hora. E como sempre, claro, tô rodeado de gente ajudando. Pra completar, a casa vai tá completa.

Amélia

janeiro 18, 2018 Por Handson Sem comentários
Não sei se Amélia é mulher de verdade. Verdade só se conhece de perto. E Amélia só passa longe. Como ela passa longe, mesmo quando perto. Não olha, não faz que olha e faz que não sabe que tá sendo olhada.
Mas mulher eu sei que é. Porque é muito mulher. Com ela é mulher! Em passos, em gestos, em corpo, em cabelo, em cheiro (cheiro se sente de longe, né?), em roupas... Ah, em roupas ela é muito mulher. Talvez as roupas são o que a fazem tão mulher. Tenho quase certeza que são as roupas.

É que são roupas, tipo, segunda pele. Ou tipo, melhor pele. Porque as roupas de Amélia desenham ela melhor que sua própria pele. Desenham, sim. Nunca vi Amélia em pele, mas sei que a roupa lhe faz melhor. Roupa de mulher não é assim?

E se são aquelas roupas de academia? Aí é que o desenho vai além do real. Pois é assim que Amélia passa sempre. Sempre mesmo. Porque ela passa e fica. Fica em passos, em gestos, em corpo, em cabelo, em cheiro... principalmente em cheiro. Mas principalmente em roupas. Porque as roupas é que despertam todas as outras sensações.

Amélia é assim. Tem jeito de sempre. Amélia é a representante das moças das academias de toda a cidade. E como tem academia na cidade por esses tempos, já percebeu? E como tem clientes para tantas academias. Fico me perguntando: será que todas vão mesmo às academias? Acho que não.

Tiro isso por Amélia. Não que ela não vá. Ela vai, eu sei. Mas Amélia faz uma hora de academia e passa o resto do dia desfilando pelas ruas. Amélia não vai à academia mais perto de casa. Nem à mais barata. Nem à mais equipada e acompanhada pelos melhores profissionais. Ela vai à mais distante de casa porque só assim ela pode atravessar toda a cidade, indo e voltando, indo e voltando... assim, sempre indo e voltando. Sempre Amélia.

A cidade fica cheia de Amélias. De todas as idades. De todos os corpos. De todas as roupas... Mas Amélia não é mulher de verdade. Agora eu sei. Amélia tem muita vaidade.

Deu vontade de sorrir

janeiro 18, 2018 Por Handson Sem comentários
Charge copiada de: http://g1.globo.com/politica/noticia/2016/07/charge-chora-cunha.html


Um dia após a renúncia de Eduardo Cunha da presidência da Câmara, nos encontramos eu, Genildo Santana e Dudu Morais. Dudu pediu um mote e Genildo atendeu: “Deu vontade de sorrir / Quando vi Cuinha chorar”. As glosas foram estas:

O castelo do Congresso
Não tem rei, só tem palhaço
E eu não sei o que eu faço
Pra parar esse regresso
Vi a ordem e progresso
Na bandeira tremular
E Temer tremendo orar
Para Cunha não sair
Deu vontade de sorrir
Quando vi Cunha chorar

(Alexandre Morais)

Antes da flor, da semente
Cortaram tronco e raiz
D’uma pátria que se diz
Sobre tudo independente
A política, atualmente
Não dá pra frutificar
Que há uma praga no pomar
Matando a flor do porvir
Deu vontade de sorrir
Quando vi Cunha chorar

(Dudu Morais)

Dizer a vocês preciso
E escrevo na minha alcunha
Ao ver o choro de Cunha
Eu esbocei um sorriso
Nesse gesto eu diviso
A contradição sem par
Cunha quis renunciar
Só para preso não ir
Deu vontade de sorrir
Quando vi Cunha chorar

(Genildo Santana)

Vi a miséria do Cunha
Abrir mão da presidência
E o Brasil de consciência
Assinar por testemunha
Quem já nos matou na unha
Foi a si mesmo matar
E na hora de assinar
Inda quis perdão pedir
Deu vontade de sorrir
Quando vi Cunha chorar

(Alexandre Morais)

Próxima parada: Brejinho

janeiro 18, 2018 Por Handson Sem comentários


Olha a programação! Tá legal, não tá?
Pois é, a gente assiste filme, debate cinema e cineclubismo, escuta e recita poesia.
E olha quem vai tá na festa: o Padre Brás Costa, lançando seu livro No Altar da Poesia.
Perde não, heim!

Prêmio Ariano Suassuna: últimos dias para inscrição

janeiro 18, 2018 Por Handson Sem comentários


Corre gente! Quem não se inscreveu ainda, tem até o dia 31 de março para concorrer ao Prêmio Ariano Suassuna de Cultura Popular e Dramaturgia. As categorias de premiação são: Mestres e Mestras dos Saberes e Fazeres e Grupos/Comunidades, na área de Cultura Popular, e Teatro Adulto, Teatro de Formas Animadas e Teatro para Infância e Juventude, na área de Dramaturgia.

Esta é a segunda edição do prêmio, que é promovido pela Secretaria de Cultura do Estado de Pernambuco. Confira o edital e mais informações na página www.cultura.pe.gov.br.

Cultura e Coisa e Tal Clube

janeiro 18, 2018 Por Handson Sem comentários
Um pouco do que tá sendo o nosso Cultura e Coisa e Tal Clube. Perde mais não, heim!
Acompanhe a programação por aqui ou pela pagina facebook.com/culturaecoisaetalclube.

Sivuca, Edinho e Edierck José

Edgley Brito e Edierck José

Henrique Brandão

sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

Recomenda-se

dezembro 15, 2017 Por Handson Sem comentários
Para os admiradores da cultura popular, especialmente da poesia, e mais especialmente ainda, da cantoria, é recomendadíssimo assistir ao documentário O homem que viu Zé Limeira. Os motivos são vários. Primeiro pelo próprio Zé Limeira, que é um interessante personagem, misto de realidade e folclore, ganhador do título O poeta do absurdo. Depois pelo homem que viu Zé Limeira e motivou o documentário: jornalista e poeta Orlando Tejo, paraibano que radicou-se e amou o Recife, a um só tempo imortalizando-se e imortalizando o personagem, escrevendo o clássico livro Zé Limeira, o poeta do Absurdo.

A produção é da TV Senado e a direção de Maurício Melo Júnior. Participações de Ariano Suassuna, Chico César, Lirinha, Jessier Quirino, Siba e, claro, o próprio Orlando, entre outros. Vale a pena conhecer. Disponível no youtube.

A chibata no verbo

dezembro 15, 2017 Por Handson Sem comentários

Passei o último sábado (25-03) com os poetas Dedé Monteiro e Zé Adalberto, em Triunfo - PE, integrando o projeto Clube do Livro, coordenado pelo Sesc daquela cidade bacana. Uniram-se a nós Susana Morais (estamos cada mais certos que somos primos) e Mariane Bigio.

Antes das atividades, numa andada pela cidade, baseado em um fato ocorrido naquele mesmo dia, Dedé Monteiro lançou o mote A chibata do verbo é mais pesada / Que o chicote na mão do capataz. Trabalhosamente fiz uma glosa. Depois, em casa e mais tranquilo, produzi outras duas. Ei-las:

Muito homem liberto vive preso
À cadeia do fútil preconceito
E do seu guerrear vil e estreito
Não se nota ninguém sair ileso
A balança do mal mostra mais peso
Contra quem, por ser menos, sofre mais
Pois a fala do mal tanto mal faz
Quanto quem trata o outro a chibatada
A chibata do verbo é mais pesada
Que o chicote na mão do capataz

É preciso medir cada palavra
Não deixar se levar pelo mau senso
Que o rasgão da palavra é tão intenso
Quanto o rasgo da pá que a terra lavra
Quando o verbo uma alma escalavra
Só o tempo se mostra eficaz
E por vezes nem mesmo o tempo traz
O conforto pra alma escalavrada
A chibata do verbo é mais pesada
Que o chicote na mão do capataz

Somos todos iguais pelo amor
Se mulheres, se homens ou transgêneros
É preciso adorar todos os gêneros
Toda fé, toda raça e toda cor
Respeitar seja lá quem quer que for
E trocar o insulto pela paz
Quem maltrata ao falar insatisfaz
Muito além da pessoa maltratada
A chibata do verbo é mais pesada

Que o chicote na mão do capataz

Que bacana, de novo!

dezembro 15, 2017 Por Handson Sem comentários
Thiago, Nego Ci, eu, Lio de Souza e Gilson Malaquias
Olha o Pajeú aí de novo figurando no 8º Prêmio da Música de Pernambuco. Agora na categoria disco de MPB, com o carnaíbano Lio de Souza. Valeu, parceiro!

Dia desses ele tava com a gente no Cultura e Coisa e Tal Clube (foto).

Semana Santa mais perto de Deus

dezembro 15, 2017 Por Handson Sem comentários


Olha que agenda interessante! Observação de pássaros e Sarau dos Passarinhos. Boa demais a idéia, né não?

E sendo na Semana Santa é uma oportunidade a mais para ficar perto de Deus. Pela Natureza e pelas artes propostas e por o Pico do Jabre ser um dos mais altos pontos do Nordeste.

E o Casarão do Jabre é um aconchego só.

Se organiza! Vamos lá!